Os by-passes foram substituídos por procedimentos minimamente invasivos

Isso se reflete nas estatísticas, segundo as quais as operações cardíacas aumentaram em um fator de 1,3 entre 2005 e 2019, mas em um fator de dois para aqueles com mais de 95 anos. O uso de desfibrilação externa do ritmo cardíaco aumentou cinco vezes neste grupo no mesmo período. Desenvolvimentos comparáveis também foram feitos com vistas a outras intervenções cardíacas que prolongam a vida, bem como a tratamentos como, por exemplo, g. hemodiálise e transplante de órgãos em pessoas idosas.

Em geral, cada vez mais medidas estão se tornando procedimentos padrão dessa forma, mesmo em idade avançada, que parecem sensatas, adequadas e necessárias. Os limites entre cuidados de rotina normais e intervenções médicas excepcionais estão mudando e mudando. Na investigação médico-sociológica fala‐se também de uma (bio‐)medicalização do envelhecimento, ou seja, um avanço das imagens médicas e das estratégias de atuação tendo em vista o envelhecimento e o envelhecimento.
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Nestas circunstâncias médicas, a renúncia a uma medida devido à idade avançada do interessado deixa de se afigurar evidente e aceitável. Afinal, existe o risco de doenças ou deficiências físicas ou psicológicas, que agora podem ser facilmente tratadas, sendo descartadas como sinais “normais” do envelhecimento. Tal banalização não seria problemática apenas no que diz respeito à atitude médica.

Também pode ter consequências práticas, como cuidados inadequados para idosos. Por exemplo, os sintomas de doenças mentais na velhice foram por muito tempo considerados como alterações relacionadas à idade e os idosos não receberam mais medidas psicoterapêuticas devido a atribuições negativas, como diminuição da plasticidade mental ou esgotamento do potencial de desenvolvimento.